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INDICE AO BLOG NSG E À BIBLIOTECA VIRTUAL LACHESISBRASIL BASEADO EM BUSCAS ESPECÍFICAS

OBSERVE POR FAVOR QUE A MAIORIA DOS LINKS SÃO AUTO EXPLICATIVOS, E CONTÉM INDICAÇÃO DE CONTEÚDO ANTES MESMO DE SUA ABERTURA: 1) SOBRE ...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

INDICE AO BLOG NSG E À BIBLIOTECA VIRTUAL LACHESISBRASIL BASEADO EM BUSCAS ESPECÍFICAS




OBSERVE POR FAVOR QUE A MAIORIA DOS LINKS SÃO AUTO EXPLICATIVOS, E CONTÉM INDICAÇÃO DE CONTEÚDO ANTES MESMO DE SUA ABERTURA:


1) SOBRE O INICIO NÃO PLANEJADO DO NSG:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/02/seja-bem-vindo.html


2) AMIGOS DA CAUSA NOS PRIMÓRDIOS, VIABILIZADORES DO QUE SOMOS E TEMOS HOJE EM SERRA GRANDE:



http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2010/12/os-essenciais-dr-joao-luis-cardoso.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2010/12/os-essenciais-2-jose-abade-da-ceplac.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2010/12/os-essenciais-3-rui-rocha-carta-dra.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com/2011/01/os-essenciais-4-paulo-de-tarso-hilario.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/01/os-essenciais-4-dean-ripa.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/01/os-essenciais-7-paulo-emilio-vanzolini.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/os-essenciais-12-kuki-gallmann-e-david.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/04/os-essenciais-11-ana-paula-padrao.html


SOBRE DENER GIOVANINI:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/12/sobre-mutantes.html


3) REFERÊNCIAS, GENTE QUE INSPIRA, E QUE DÁ ASCO:


http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/04/os-essenciais-9-padre-lauro-palu.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/04/os-essenciais-8-dr-vidal-haddad-ou-de.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/10/breno-e-o-inferno.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/06/sobre-vacas-em-fuga.html


Denise Tambourgi, Polly Matzinger, e a imunossupressão no acidente laquético:  

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/12/nada-de-novo-sob-o-sol.html



José Maria Gutiérrez e outros, sobre a imunossupressão no acidente laquético,  dentre outros temas:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/02/os-feras-e-eu.html



Sobre ASCO, o 'ser de luz', Tiago Lima:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/05/surucucu-sexo-e-tentativa-de-homicidio.html

e ainda sobre Asco, o trio poderoso:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/01/os-essenciais-6-argolo-anibal-marcelo-e.html


4) SOBRE REPRODUÇÃO EM CATIVEIRO, CUIDADO PARENTAL E OVOS:


ARTIGO NOSSO NA CHICAGO HERPETOLOGICAL SOCIETY, SOBRE A PRIMEIRA REPRODUÇÃO EM CATIVEIRO MUNDIAL DA SURCUCU DA MATA ATLANTICA

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/BulChicagoHerpSoc_Vol42Num3pp41-43%282007%29.pdf


A SITUAÇÃO DA REPRODUÇÃO EM CATIVEIRO DA SURUCUCU NO BRASIL; RESPONDO COM IMAGENS A UM CONHECEDOR DO TEMA

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/01/carl-gustav-jung-e-o-clube-da-surucucu.html


RETIRADA DOS OVOS DO CASAL - NA MATA ATLÂNTICA OBSERVA-SE MACHO E FÊMEA GUARDANDO OVOS - E A QUESTÃO DO CUIDADO PARENTAL

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/10/retirada-de-ovos-da-femea.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/herpetologista-mirim-pergunta-sobre.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/07/sobre-os-ovos.html


MEU ARTIGO FAVORITO SOBRE REPRODUÇÃO EM CATIVEIRO DE LACHESIS, PELOS PIONEIROS DO DALLAS ZOO

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/to-drew-edwards-uma-homenagem-boyer-e.html


Encubação em temperatura e umidade normais da Mata Atlântica, de 91 dias:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/05/milagre.html

Sobre como tudo é verdadeiramente novo no estudo do gênero:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/mole-ditmars-amaral-e-o-enigma-dos-ovos.html



5) SOBRE VENENO E ENVENENAMENTOS:


PRIMEIROS SOCORROS:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/primeiros-socorros-aos-acidentados-por.html

BIOQUÍMICA DO VENENO DE RHOMBEATA:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/veneno.html


O ACIDENTE LAQUÉTICO MINUTO A MINUTO:

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/BulChicagoHerpSoc_Vol42Num7pp105-115%282007%29.pdf

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/05/acidente-laquetico-na-pratica.html

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/JLC_5D_Final.pdf

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/10/os-primeiros-10-minutos.html

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/Sobre_o_Genero_Lachesis_e_o%20Acidente_Laquetico_no_Brasil_%28DrCoura-%20IVB%29.pdf


A QUESTÃO DA AÇÃO NEUROTÓXICA EM LACHESIS:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/05/neurotoxicidade-em-lachesis.html


A COMBINAÇÃO TRÁGICA DE POUCO SORO, ADMINISTRADO TARDIAMENTE

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/sobre-combinacao-de-pouco-soro-e.html


Sobre as diferenças entre os venenos de Lachesis, O CLÁSSICO,  de Fátima Furtado:

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/ComparisonVenomThreeSubspeciesLachesisMuta.pdf


Sobre fasciotomias, cirurgia em acidentes ofídicos:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/06/fasciotomias-no-ofidismo-poucas.html

Aqui relatos verbais de acidentados:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/05/abade-joao-e-o-brinco.html


Ação do veneno de Lachesis em diversas partes do corpo:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/surucucu-e-o-cerebro.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/surucucu-e-coracao.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/surucucu-e-os-rins.html



Aqui a questão recorrente da soroterapia em campo, ou de se ter 'soro em casa':

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/05/soroterapia-em-campo.html



Sobre A MAIS venenosa das cobras:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/a-mais.html


Dificuldades na classificação de corais, curso de 3 minutos com meu filho Luquinha:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/05/o-dilema-das-corais.html


Sobre o mito da cobra verde inofensiva no Brasil:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/04/o-mito-da-cobra-verde-e-da-coral.html
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/sobre-surucucu-que-nao-e.html


6) SOBRE PREVENÇÃO DO ACIDENTE LAQUÉTICO:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/sobre-pergunta-recorrrente-de-como-se.html



7) SOBRE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS NA LIDA COM LACHESIS:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/09/sobre-os-pecados-da-lida.html
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/04/os-ciclos-de-lachesis.html

Conheça a gambiarra baratinha e essencial à saúde do plantel
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/06/o-bushamp.html

e o porque de sua criação pelo NSG
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/06/regra-de-ouro-em-lachesis-poupar-regiao.html
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/10/sobre-o-o-extrativismo-de-colarinho.html

Bom saber que o alcance do bote de Lachesis é diferente:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/07/sobre-o-duplo-s.html

Fundamental saber ler a leitura corporal do bicho:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/voce-fala-com-cobra.html

Sobre o confinamento ético:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/confinamento-etico.html

Sobre microchipagem e controle do plantel:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/06/livro-aberto.html
http://lachesisbrasil.blogspot.com/2014/04/cumprindo-ordens.html



8) SOBRE MORTE SÚBITA EM LACHESIS CATIVAS, VERMIFUGAÇÃO, RISCOS E DESAFIOS DA LIDA:

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/BulChicagoHerpSoc_Vol43Num10pp157-164%282008%29.pdf

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/06/pergunta-preto-resposta-azul.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/09/sobre-os-pecados-da-lida.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/03/adrenalina.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/sem-prevenir-nao-ha-como-remediar.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/mea-culpa.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/bola-dividida.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/deu-no-blog-da-piaui.html


Intoxicação gravíssima por ivermectina:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2016/02/deus-e-diabo-na-terra-do-sol.html




9) SOBRE PESQUISA E PROPRIEDADES BIOMÉDICAS DO VENENO:

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/lachesis%20muta%20rhombeata.pdf

http://www.lachesisbrasil.com.br/AnnonaMuricata.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/07/os-canceres-e-surucucu.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/nucleo-serra-grande-e-unicamp-lachesis.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/10/lachesis-e-graviola.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/09/surucucu-e-anti-coagulantes.html


Sobre primeiros socorros aos acidentados com animais peçonhentos, venenosos e urticantes:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/primeiros-socorros-aos-acidentados-por.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/04/mais-um-motivo-para-confiar-no-corpo-de.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/10/proposta-de-padronizacao.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/03/nao-existe-eficacia-na-medicacao-pre.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/04/anvisa-os-novos-nomes-dos-soros.html


Sobre o time que revisa o manual de condutas para acidentes com animais peçonhentos do Ministério da Saúde:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/05/um-certo-capitao-guilherme-e-o-complexo.html


Relatório da World Health Organization 'Raiva e Ofidismo', questões negligenciadas:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/01/preto-no-branco.html


10) SOBRE BIOMETRIA DE LACHESIS, DADOS DE SISTEMÁTICA, ECO-BIOLOGIA  E STATUS DE CONSERVAÇÃO:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/02/breve-historico-comentado-do-genero_13.html

Sobre o limites de tamanho TL:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/01/sobre-o-tamanho-verdadeiro-de-lachesis.html

Sobre Bothrops asper chegando perto (TL):
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/07/supremacia-lachesis-em-cheque.html


http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/02/eco-biologia-do-generobaseada-no.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/02/questao-da-subespecie-cascata-das-racas.html

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/Lachesis%28Zamudio-Greene%29.pdf

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/Revisao_de_Lachesis.pdf

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/DeanRipa-GeographicalDistribution.pdf


Status de conservação da IUCN para rhombeata:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/a-surucucu-da-mata-atlantica-segundo.html


Nomes polulares de Lachesis pelo mundo:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/02/bushmaster-mapepire-zannana-abaacua.html


Sobre 'range distribution', relato de Lachesis no Rio Grande do Norte:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/a-incrivel-historia-da-primeira.html


Sobre 'range distribution', o problema de Lachesis no Maranhão:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/06/gap-lachesis-no-maranhao.html


Sobre Lachesis no Rio de Janeiro:
http://lachesisbrasil.blogspot.com/2014/05/luz-no-fim-do-tunel-no-rio-de-janeiro.html


Sobre a questão de Lachesis achrochorda:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/03/vanzolini-garcia-ripa-e-acrochorda.html


Sobre 'as duas' Lachesis do Sul da Bahia:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/07/apaga-fogo.html


Mutum do Bico Vermelho - 250 em vida livre, no planeta - e surucucu em Serra Grande:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/05/crax-e-kermode-em-serra-grande.html


11) SOBRE A VISÃO COMERCIAL NO CONSERVACIONISMO:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2010/12/maldicao-do-nome-criatorio-comercial.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/athayde-diego-e-floresta-de-chocolate.html



12) SOBRE DIVIDIR RESULTADOS:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/07/frutos-do-nsg-no-ecuador-costa-rica.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/03/outros-partos.html


13) SOBRE COLEGAS FALECIDOS NA LIDA:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/em-memoria-de-emanuele-gallmann.html

Sobre a atuação de uma mãe no ato do acidente que matou o filho:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/07/uma-mulher-sem-adjetivos.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/04/tres-anos-sem-luke.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/11/tributo.html



14) SOBRE AS DUAS MENINAS MORTAS PELA SUCURI:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/05/sobre-sucuri-que-matou-duas-meninas-no.html

Sucuri come gente ?
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/06/sucuri-come-gente.html

Serpentes urbanas:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/12/serpentes-urbanas.html



15) BIOTÉRIO, O CORAÇÃO DO NSG,  SOBRE O PROBLEMA DA RAÇÃO DOS RATOS:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/12/crise-e-oportunidade.html


16) FILHOTES COMPLETAM 04 ANOS E VÃO PARA REGIME EXTENSIVO:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/02/ferias.html


17) JOÃO PAIVA E O CIO BAROMÉTRICO, SOBRE A QUESTÃO CRUCIAL DO PERÍODO REPRODUTIVO DE LACHESIS:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/10/joao-e-o-cio-barometrico.html


18) SOBRE A QUESTÃO DO PORTO SUL, TRAGÉDIA AMBIENTAL ANUNCIADA:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/bbc-surucucu-e-o-tapa-na-cara.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/10/requiem-de-mim-mesmo.html


19) SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA A LIDA COM LACHESIS:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/09/advertencia.html


20) SOBRE A MORTE DO MEU DUPLA EM CAÇA SUBMARINA E LIÇÕES PARA A LIDA:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/08/sobre-toda-diferenca.html



21) SOBRE HISTÓRIA DA MATA ATLÂNTICA, HISTORIA GERAL E LACHESIS, 'MARCHA PARA OESTE':

Precursores da 'Marcha para Oeste':
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/03/marchando-para-oeste.html

Os Villas Boas:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/01/surucucu-orlando-moral-e-misterios.html

Naturalista Eugenius Warming, secretário de Lund, em Minas Gerais:
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/10/sobre-palmeiras.html


História da Mata Atlântica:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/09/caa-ete.html


Aproximação aérea de Ilhéus, fragmentação da Mata Atlântica:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/vanzolini-revisitado.html




22) SOBRE COMO CONTRIBUIR FINANCEIRAMENTE PARA O  PROJETO NSG, SÃO DOZE ANOS À ESPERA DO LICENCIAMENTO E AUTOSSUSTENTABILIDADE, PRECISAMOS DE AJUDA, QUALQUER AJUDA:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/09/vaquinha-sos-nsg-fund-raising-e-obrigado.html




23) SOBRE O 'BABATIMÃO' E A BUROCRACIA QUE MATA:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/11/brasil-de-cabo-ponta-rabo-inercia.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/subcao.html


SOBRE O 'CONCEITO DE DESESPERO' (CHEGAR A UMA UNIDADE DE SAÚDE PICADO POR SURUCUCU E SER INFORMADO DE QUE NÃO HÁ SORO), E DE COMO O NSG CONTRIBUI PARA MANTER A PRODUÇÃO NACIONAL DE SORO ANTIOFÍDICO ATIVA

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/12/sos-sabl-funed.html


A Funed e o NSG, como especialistas da segunda maior produtora nacional de soros e vacinas avalia o trabalho no NSG

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/03/fundacao-ezequiel-dias-de-belo.html


24) SOBRE FILHOS:

Luquinha aos três anos e a 'aranha-marrom' (loxosceles):
http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/11/aranha-marron-na-area-aumente-o-som.html

Equipamento desenvolvido pelo meu filho Gabriel, aos sete anos, para auxilio na lida:
http://www.lachesisbrasil.com.br/download/BulChicagoHerpSoc_Vol41Num10pp183-184%282006%29.pdf


25) DOCUMENTARISTAS QUE MISTIFICAM OU REIS DO TRASH: AUSTIN E ZÉ DO CAIXÃO:

http://lachesisbrasil.blogspot.com/2011/04/austin-stevens-e-ze-do-caixao.html



26) CINEMINHA, APRESENTAÇÃO DE DOIS MINUTOS AO WITLEY AWARD:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/05/mantra-para-lachesis.html


Edú Osorio e a primeira reprodução em cativeiro mundial da surucucu da Mata Atlântica:

http://www.lachesisbrasil.com.br/NSG/nsg.html


DOK TV alemão, 2005:

http://www.lachesisbrasil.com.br/documentario.html


FANTÁSTICO 2007, DENER GIOVANINI EM 'O BRASIL É O BICHO':

https://www.youtube.com/watch?v=YTitbs5Gw4Y&lr=1


SOBRE O GLOBO RURAL DE 23/08/2015: 

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/08/treze-anos-em-treze-minutos.html



27) SOBRE ARTE LAQUÉTICA:


transformando mudas velhas de pele em arte e autossustentabilidade

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/07/arte-laquetica.html


28) SOBRE OS MISTÉRIOS:


sobre sorte, sincronicidade ou algo mais


http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/05/pluto-e-os-designios-de-deus.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/12/do-lanterna-dos-afogados.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/05/matrix-sincronicidade-e-sorte-na-vida.html



FACEBOOK NSG

https://www.facebook.com/N%C3%BAcleo-Serra-Grande-1535945860060698/?fref=ts







segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Tributo




'Na proximidade da morte a maioria de nós recuaria, não Karl Schmidt'




O especialista fez um diário da evolução de uma picada da serpente africana Boomslang (acima), uma opistóglifa (presa inoculadora posterior), praticamente desconhecida na década de 1950, e que resultou em sua morte. O vídeo abaixo tem sete minutos e é um relato excepcional sobre a mente dos verdadeiros cientistas.






Karl, que morreu ensinando e dividindo, é o autor do poema abaixo, que recebi do Editor da Chicago Herpetological Society, Mike Dooglash, e que foi transformado em cartão de Natal por sua família em 1957, o ano de sua morte

Além do conteúdo conservacionista pioneiro, nas ultimas linhas pode-se ler: 'liberdade e salvação é perder-se, no amor ao outro ...'






Leia também nossa homenagem a dois outros Herpetólogos falecidos na lida:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/08/em-memoria-de-emanuele-gallmann.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/04/tres-anos-sem-luke.html


Como advertência, mais sobre 'cobrinha verde boba', como a Boomslang e nossa Philodryas, nos links abaixo:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/04/o-mito-da-cobra-verde-e-da-coral.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/primeiros-socorros-aos-acidentados-por.html


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sob Palmeiras



Num dos momentos do descanso possível, a leitura de "A canção das palmeiras: Eugenius Warming, um jovem botânico no Brasil", organizado por Maria do Carmo Andrade Gomes e com estudo crítico de Brigitte Holten e Michael Sterll. Pode ser adquirido no site da Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais, por R$ 35,00.

O cientista, que foi secretario de Lund e aqui habitou entre 1863 e 1865, encontrou vestígios da surucucu na região de Caeté, Minas Gerais - já naquela época devastada - e fecha da seguinte forma um paragrafo sobre a cascavel:

"Deixando-se empolgar demais pela natureza, em apenas um instante alguém pode ser fatalmente ferido por uma cascavel escondida na relva. Nas regiões florestais, outras especies tomam o seu lugar, como a 'surucucu' (Crotalus mutus) ou cascavel muda"

A 'cascavel muda' (sem chocalho), ou Crotalus mutus da descrição do príncipe Maximilian zu Wied-Neuwied (1782-1867), pode ser escutada no vídeo do NSG, abaixo:




Foi Warming quem cunhou a expressão 'ninguém passa impunemente pelas palmeiras', ou pelos trópicos, ou mais especificamente pela terra brasilis.




Eu era pequeno e escutava meu pai dizendo que 'no ano 2000 o Brasil vai ser uma potencia ...', como que refugiando-se no futuro, em fuga das cronicas dificuldades. Trabalhou muito, morreu endividado, não passou impunemente pelas palmeiras, assim como não passarei.




A organização criminosa com registro partidário, ou ORCRIM, na expressão do MPF, inviabilizou o futuro que se esboçava, a partir do controle da inflação e estabilização da moeda. Serão outros 10 anos de reconstrução de tudo o que foi dilapidado pelo roubo e pela incompetência da era populista. Por reconstrução entenda-se arroxo sobre os trabalhadores reais, aos quais sempre se encaminha a conta. Não se vive impunemente sob as palmeiras.






sábado, 3 de outubro de 2015

Fina Flor da Banânia



Se não fosse uma apropriação indevida dos 'progressistas', palavra que me causa asco, eu reproduziria aqui, na integra, Brecht e aquele poema que fala de homens que lutam um dia, um ano, muitos anos e a vida toda, estes últimos os 'imprescindíveis'. Impossível para mim, contudo, não me lembrar do incansável Dener Giovanini com estas linhas.

Abaixo uma edição de sua última investida, o I Encontro Nacional de Mantenedores de Fauna Silvestre e Exótica, onde além do conteúdo, saltam aos olhos o profissionalismo e poder de mobilização.




Mais sobre o encontro e sobre Dener, que segue cavando seu espaço na História do Ambientalismo de Resultados nessa Banânia que habitamos, aqui:

http://lachesisbrasil.blogspot.com/2015/09/encontrando-solucoes.html

http://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/dener-giovanini/e-quem-fiscaliza-a-fiscalizacao-ambiental/

E também no 'Tribunal Ambiental', toda quarta 22 horas na TV Justiça 






sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Sobre os pecados da lida





Avalie o vídeo abaixo, com poucos segundos. Um homem de experiencia prática na mata, e maior reconstrutor de florestas da Bahia, Ernst Goetsch, fala sobre a altura do bote das surucucus, o que ilustra bem o que tenho dito sobre elas: é muito músculo para pouca estrutura osteo-tendinosa. Essa força pode se voltar contra o próprio animal em determinadas situações.






Tenho batido na tecla. A longevidade de plantéis do gênero Lachesis é diretamente relacionada ao quanto os mantenedores evitam a imobilização de sua porção cervical.

Meu manejo, que também não recomendo porque exige grande experiencia prática, nasceu como contraponto ao manejo com laço, que os papas da academia, antagonistas desde sempre do NSG, preconizavam como regra.

Avalie nos primeiros minutos do vídeo abaixo o porque dos planteis zerados em Lachesis no Butantã, naqueles idos de 2001-2007, apesar das centenas e centenas de recebimentos ao longo de todo o século XX até os dias de hoje.

Confira, é vídeo pesado, demora um pouco para carregar:

http://www.lachesisbrasil.com.br/documentario.html


Matavam seus animais com o laço e o foco exclusivo 'no veneno', e partiam para cima do Núcleo Serra Grande, sem sucesso, para zerar o déficit. Não buscaram construir pontes e parcerias.

Além do uso do laço, no vídeo acima ocorre outro pecado capital no manejo do gênero: a lida em área com pouco espaço. Se no momento em que se fecha a caixa plástica para a pesagem do animal ele se safa em fuga incontrolável, como já vi ocorrer em Serra Grande dezenas de vezes, alcançando o interior de um recinto minimo e repleto de gente, as consequências seriam imprevisíveis.

Confira aqui no blog e nas publicações de Serra Grande, 'a questão do espaço':

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/02/a-questao-do-espaco.html

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/BulChicagoHerpSoc_Vol41Num4pp65-68%282006%29.pdf


Para sexagem e remoção de ectoparasitas, microchipagem e outros pequenos procedimentos pode-se conter o animal sem imobilizar a porção cervical. Não tínhamos ajudantes quando começamos, e em função da necessidade de executar procedimentos sozinho e sem imobilizar a região cervical do animal, criamos o Bushamp. Um aparelho barato, básico e fundamental à qualquer serviço que lide com o gênero.

Conheça o Bushamp aqui no blog:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/06/o-bushamp.html


Caso seja necessária a imobilização da porção cervical da surucucu, em procedimentos como extrações, alimentação forçada, e vermifugação, a técnica de contenção manual também tem especificidades, e ninguém melhor que Mestre Abade para ensinar. Confira com meu Professor como se evitar o 'giro da morte'.









Aqueles que contam com anestésicos para a lida, também terão a longevidade de seus plantéis comprometida, e assim, pensando no melhor interesse do animal, é prudente que se dominem as técnicas supra citadas, e também o 'manejo móvel', que é quando conduzimos as surucucus de um recinto a outro, sem tocar a porção cervical. É o sereno manejo livre de Abade, abaixo, num registro meu de 2006.






Se não observadas estas advertências quanto à fragilidade da porção cervical de Lachesis, mais cedo ou mais tarde o tratador enfrentará as consequências de seus atos sob a forma de lesões incapacitantes ou fatais, nem sempre muito claras aos pouco experientes.

Observe abaixo que essa surucucu 'arqueia-se' sobre o pote d'agua, e não é assim que as serpentes ingerem liquido ...






Observe também, abaixo, o giro da cabeça em relação à porção cervical, e a falsa posição de repouso, na verdade uma incapacitação aguda de se manter o tônus muscular.






E também ondulações atípicas nos primeiros 20 cm após a cabeça e ao longo da coluna cervical, no ponto onde foi encaixado o laço nesse animal claramente amazônico, com arabesco de cabeça muito menos demarcado que aquele dos animais da costa leste.






Lachesis saudáveis se 'encolhem' de forma tipica quando expostas á luz na abertura da caixa, ou ao sentir a proximidade da fonte térmica. Confira abaixo a posição natural de alerta, que o animal acima é incapaz de assumir.




























Ainda assim existe esperança de recuperação. Lesão medular completa, como as que ocorrem às centenas nestes resgates amazônicos, quando do alagamento de barragens e onde laço é norma, produz morte em 24-48 horas. O animal das fotos superou este período critico.

Lesões cervicais subtotais, aparentemente o caso retratado, podem responder ao tempo, deixando-se o animal calmo em ambiente espaçoso e sombreado, para que a própria movimentação atue como fisioterapia.

A partir da terceira semana do acidente, quando eventuais lesões ósseas já tenham se consolidado, pode-se iniciar a oferta de ratos abatidos, e avaliar se será ou não o caso de alimentação forçada.







terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sobre toda a diferença




Soube que cessaram-se as buscas. Natália permanecerá onde gostaria de estar, no Azul.






Mergulho desde que me entendo por gente, e meus filhos herdaram este gosto pela ausência da gravidade, pelo silencio e solidão do fundo das águas.






Estávamos na Pedra do Benedito, 26 metros de profundidade, quando meu parceiro não voltou. Na busca desesperada encontrei Géo adormecido à meia água. Na respiração boca-a-boca vieram vômitos, onde senti o gosto de álcool da noitada anterior àquele mergulho difícil, e então entendi aquela morte absurda.

Abaixo eu e meu Irmão, meu Dupla, meu Amigo Géo (ainda com o neoprene azul, que herdei), após uma caidinha na Barra do Forte em Morro de São Paulo, 1992, numa foto que dava por perdida mas que me foi enviada recentemente, em mais uma cortesia de sua irmã, Maria ...





A mais tocante reação ao Globo Rural veio de uma senhorinha do interior de Minas, em suas palavras:

'Esse moço deveria arrumar outro serviço, e colocar paredes em sua casa, essas coisas acabam deixando triste quem vive perto dele'. Falava de morte.

Falo repetidamente aqui no blog sobre 'baixar a guarda'. Natália Molchanova tinha 53 anos, foi campeã mundial de mergulho livre 23 vezes, e era capaz de descer a 101 metros, no peito. Morreu a 30 num mergulho banal. Géo era tão largo, e forte, e apto, que não coube no caixão, literalmente.

'Talento' para mim é esforço acumulativo. Meu Gabriel (abaixo), aos três anos, já era um veterano. Hoje aos 15 está próximo de me superar. Se não baixar a guarda.







O que se percebe no rosto dos acidentados que sobrevivem é perplexidade. Como se não soubessem ou não acreditassem que acidentes de fato acontecem.

Cair na real não precisa ocorrer pela via dura. É mais uma questão de observação continua do próprio ego.

Não deixarei nunca a apneia, nem as surucucus, nem o gosto por esta vivo e preparando o terreno para que a vida de meus filhos seja mais leve que a minha. Acho que entendo onde piso.











domingo, 23 de agosto de 2015

Treze anos em Treze minutos



No link abaixo a matéria do Globo Rural de hoje, acompanhada do texto original. Com meu nível de envolvimento pessoal difícil falar algo, a não ser que me surpreendi e muito.

Helen costurou um enredo complexo de forma leve, dando voz aos diversos atores da trama na dose exata, aquela onde a informação vale mais que a polêmica.

Em sua advertência final ela recomenda o clássico 'não tente isso em casa', pois a lida com Lachesis, tal qual o verdadeiro Jornalismo, 'é coisa para profissionais'.

http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/08/medico-mantem-na-ba-criatorio-da-maior-cobra-venenosa-das-americas.html




quinta-feira, 23 de julho de 2015

A questão do merecimento



Numa postagem anterior eu me recordava de 'A Vida é Bela', com a lembrança do sacrifício de um pai, num esforço para poupar o filho da realidade.

Quantos de nós não estão neste momento repetindo a trama ? Enquanto escrevo vem à cabeça o querido Felix, leitor do blog que não conheço pessoalmente mas que me ligou despedindo-se, pouco antes de abandonar o Brasil em busca de futuro para as filhas pequenas.

Leio no editorial de hoje do Financial Times (23/07) que 'a podridão cresce' neste país, comparado a um 'pesadelo sem fim', e cuja 'magia' foi quebrada por 'incompetência, arrogância e corrupção'. O cenário é recessão por um período minimo de três anos.

Confira:

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150723_pressreview_ft_hb 

Lembro-me do quanto fui politico na entrevista para o Globo Rural. Explicava à super competente repórter Helen (abaixo) que eu mesmo era o culpado pelo trâmite arrastado no licenciamento do NSG: para se montar um serpentário existem passos a seguir, e eu começara do final, pelas cobras. Ao que ela retrucava, 'mas sem planejamento ...', entendendo que eu fui simplesmente a unica opção contra o abate sistemático de uma animal em vias de extinção.




Dr. Vitor Cantarelli já liderou o Ibama na gestão de fauna silvestre, mas optou por afastar-se em função da mentalidade arrecadatória (versus a mentalidade instrutiva) e da visão prevalente no órgão de natureza como museu intocável, sem 'utilitarismos'. Dr.Vitor sempre foi tido como um homem sem meias palavras e sem meias verdades. Recordo-me de atritos públicos seus com a presidência do Ibama, e fortes retaliações em seguida. É um sujeito do qual tenho saudades.

Homem de campo, cientista completo, visitou-me em Serra Grande e não se conteve ao avistar nossa primeira grande Lachesis sob uma canoa da Bahia apodrecida, comprada para servir de toca: ' ... mas que LIIIIIINDA ...', exclamou sincero, mergulhando a seguir numa conversa leve sobre nossas intenções e o potencial deste 'experimento único, modelo para o mundo' para a pesquisa biomédica. O contraponto à visão de natureza 'como museu'. 'Preservação sustentável', onde a banalidade do bem vê 'utilitarismo e exploração':

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2015/07/1654944-a-banalidade-do-bem.shtml  

Outro quadro que deixa saudades é Dra. Nilza Silva Barbosa, do Instituto Chico Mendes (ICM Bio / RAN), que também nos visitou (segunda da esquerda para a direita, abaixo) a muitos anos atrás, perguntou, ouviu, olhou no olho antes de posicionar-se.





Tanto Dra. Nilza quanto Dr. Cantarelli estiveram comigo nas horas mais criticas, a exemplo deste momento http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2012/07/quando-tudo-era-ausencia-esperei.html 

A leitura do texto gerou o seguinte comentário:

'Como concordar com uma insanidade dessas ? Como remover animais bem cuidados, ambientalmente adaptados, vivendo em plenas condições de higiene e saúde, para um lugar sem a mínima infraestrutura para recebe-los ? Seria uma CONDENAÇÃO DE MORTE !

Passou da hora dos Órgãos de Meio Ambiente reconhecerem e respeitarem a importância do NSG, principalmente pelos serviços de Educação Ambiental que presta à sociedade.

Nilza Silva Barbosa
Coordenadora da Área de Educação Ambiental do RAN, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios, ICMBio'


Hoje, quando o jurídico do Ibama já decidiu sobre a permanência das surucucus em Serra Grande, transformo minha memória em homenagem à estes poucos funcionários públicos que se destoaram no processo de licenciamento do NSG ... 'recomendo que tente se colocar na posição do cidadão', disse certa feita (vide link abaixo) Dr. Cantarelli a um quadro do Ibama BA, concluindo:  'nada justifica uma análise de projeto se arrastar por mais de cinco anos ...'

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/09/vaquinha-sos-nsg-fund-raising-e-obrigado.html

E já se vão doze anos de espera.

Mas estamos em movimento. Tenho motivos para crer que outro quadro do Ibama também tomou para si a indignação com a indiferença do órgão para com o NSG. É fácil sentir quando se é respeitado. Dra. Hanry Coelho representa essa esperança 'em tempos de podridão crescente', além de 'incompetência, arrogância e corrupção' generalizada na esfera pública.

'Os efeitos da burocracia são a idiotice moral, a estupidez intelectual, o amor ao protocolo e o "não" a qualquer forma de originalidade' (Pondé). Em Serra Grande, de forma milagrosa, os 'efeitos da burocracia' ainda não se traduziram em desemprego e decadência, pois somos quatro, e os quatro fundamentais à operação.

Funcionários foram caçadores-coletores eficientes na Mata Atlântica de Serra Grande. Muitos crânios de caititu me foram inocentemente presenteados no inicio dos trabalhos. Uma oportunidade com todas as garantias trabalhistas reverteu o processo. A sonhada geladeira, abastecida, evita os riscos de se adentrar em território de Lachesis à noite, com visão limitada, atrás daquele latido distante, indicativo de 'proteína acuada'. Mas em tempos de estagflação e incertezas quanto nosso licenciamento, e da própria viabilidade econômica do NSG, tenho me lembrado do Christian (de Claudio), abaixo ...




Viver em Serra Grande é ter emoções fortes, uma atrás da outra. Não pelas surucucus, mas pelo frequente estado de fúria dos elementos. Apoio do Instituto Arapyaú que seria revertido para a folha de pagamentos, teve que ser aplicado - com a autorização da direção do I.A - em nosso sistema de coleta e reserva de água, danificado em diluvio recente. Na postagem 'O quinze' (sobre eventos climáticos de outubro/2014) falo de telhados arrancados e muros destruídos, e assim, o descaso oficial somado aos sustos e gastos emergenciais em sucessão, torna cada vez mais difícil a manutenção do dia-a-dia do NSG.  

A jornalista Helen, avaliando a plataforma de madeira servida por barracas de camping como abrigo (a sede do NSG), perguntou-me se não desejaria ter 'uma casa normal' em Serra Grande ... respondi que para o nível de interação que busco com a mata, aquela estrutura tosca era 'o ideal', perdendo a oportunidade de nivelar-me com os seres do bem, ao não responder que nosso conforto pessoal - meu e de meus filhos - é a ultima das prioridades em Serra Grande. Mas 'e se uma aranha marrom morder meu pau, papai ?', perguntou Luquinha, com medo do nosso banheiro. Em mais um momento 'A Vida é Bela' assumimos juntos a coerência do receio, transformando a realidade do risco em aventura, com a 'inspeção rigorosa do sanitário, com lanternas', antes de usá-lo. Até o dia em que nosso 'banheiro normal' possa ser erguido.




Em outros momentos da gravação, funcionários prestam testemunhos orgulhosos sobre seu oficio. O mesmo Roque dos caititus e espingardas criou-se 'Técnico em Biotério' competente, dominando por completo ciclos reprodutivos, fabricação do alimento (inédito), vermifugação e eutanásia dos ratos que alimentam as surucucus. O mesmo Claudio do machado e motosserra recebe com naturalidade reis e rainhas que nos visitam, sempre com uma explanação complexa sobre a situação da Mata Atlântica no sul da Bahia e a pressão antrópica sobre seus viventes. Humildes por natureza, Claudio e Roque parecem não ter noção do quanto caminharam, e treinam o mais jovem sem rivalidades. Em sua lealdade, somos quatro.

Quando começamos (2001), não haviam referencias praticas e consultáveis sobre o manejo e manutenção de Lachesis no Brasil. Reprodução em cativeiro então, nem se fala. Quando um dado básico como o do peso de ratos oferecidos às surucucus foi apresentado à repórter por Roque, veio a lembrança triste dos animais que perdemos para nossa própria ignorância. E também a lembrança de nossa postura em relação à dividir conhecimento. Tudo o que sabemos foi publicado. Orgulho imenso ver a rapaziada na Venezuela (foto abaixo), Colômbia, Costa Rica, Brasil, valer-se de nosso esforço (publicado) em seus próprios esforços na preservação de Lachesis, e nos escrever contando que 'valeu' ...




Nossa ênfase nesse 'compartilhar conhecimento' se dá por termos experimentado o oposto. Como não havia (2001) e não há no Brasil (2015) quem pudesse apresentar resultados em reprodução em cativeiro do gênero, entramos sem saber na vaidade alheia, sendo boicotados e induzidos ao erro.





terça-feira, 14 de julho de 2015

Arte Laquética



Assim como nós humanos, as cobras também 'trocam de pele'. Nosso processo é um ciclo de descamação continua, com substituição de células decadentes ou mortas por celulas novas. Enquanto nossa renovação da pele se dá de forma fragmentada, com as cobras ocorre uma substuição em monobloco de pele velha por pele nova, a chamada ecdise.

A ecdise ocorre para que o animal cresça, expanda em volume, e também elimine parasitas externos. Sua frequência é variável, em Serra Grande a média é uma muda a cada dois meses.

Mudas inteiras, quase 'luvas', são indicativos de saúde do animal e adequação da umidade do criatório. Mudas fragmentadas normalmente indicam ambiente seco e problemas dermatológicos, como ataques fúngicos e bacterianos ao ventre do animal.

As mudas de pele sempre nos foram de extrema valia. Pude observar o trabalho da miríade de seres noturnos da floresta, formigas em especial, na remoção de restos orgânicos - pele inclusive - do interior dos viveiros do criatório. Esta observação nos fez padronizar a tela galvanizada como parede dos viveiros, permitindo e estimulando o transito das 'criaturas da noite' no interior dos mesmos.

O grande desafio dos serpentários abertos ao tempo é o controle parasitário, e nos viveiros de tela atingimos a excelência nesse quesito. Pele, restos de fezes que passaram desapercebidos, carrapatos, larvas nocivas, tudo isso é alvo dos parceiros que vivem sob o folhiço denso da Mata Atlântica, que jamais removemos da área dos viveiros.

Ao longo do tempo contudo, passamos a não mais destinar todas as mudas de pele das surucucus aos 'scavengers'. É material onde descobri importância didática e estética.

A importância didática das mudas foi sua contribuição à análise biométrica dos indivíduos, basicamente idade e sexo, parâmetros fundamentais para reprodução em cativeiro. Abaixo medições de animais de 3 meses a três anos de vida, e estudos de comprimentos de cauda, maiores em machos.





Varias pessoas viram beleza na minha coleção de estampas de Lachesis. Passei então a considerar a possibilidade de venda desse material - com as devidas licenças do Ibama - àqueles interessados a nos ajudar a tocar o dia-a-dia do NSG, sempre no vermelho, sempre no limite.

Parte do material (pele) que vai para as formigas ou para o lixo, passou a ser removido dos viveiros, tratado, plastificado e emoldurado. Também estou testando pintura com aquarela em algumas peças. Abaixo exemplos de 'arte laquética', começando pela imagem dos quadros emoldurados espalhados em minha cama ...




Abaixo detalhes do material plastificado e emoldurado. Começo pela lembrança daqueles poucos gigantes que ainda existem, em amostras toscas, fragmentadas, 'sujas'







Uma linha intermediaria de amostras, com maior preocupação com forma e estética, é o que ilustramos abaixo ...








Uma terceira linha de amostras são aquelas didáticas e mais raras, como estas abaixo. A primeira ilustra 1) o arabesco de cabeça em Lachesis, marcas que não se repetem, a 'impressão digital' do indivíduo, e também 2) a fragilíssima porção cervical do animal, que torna o famigerado 'laço' instrumento proibitivo no manejo deste gênero ...





























Outros dois exemplos de amostras também mais raras e didáticas seguem-se abaixo, e envolvem as caudas dos animais: diferenciação macho e fêmea pela biometria deste segmento específico, abaixo ...




... bem como a rara oportunidade em que se vê o famoso 'espinho' da cauda da surucucu, uma escama adaptada para a vibração da cauda da cobra contra as folhas do solo da floresta, advertindo sonoramente aqueles que se aproximam ... para a maioria dos moradores do sul da Bahia este segmento é capaz de inocular veneno ....




E concluindo, amostras onde tentamos reproduzir os tons originais de Lachesis, em aquarela sobre muda ...






























As plastificações acima tem 30 x 40 cm (tamanho A3), e o vácuo impede deterioração da amostra. Com moldura de madeira (sem vidro) o tamanho da peça fica em aproximadamente 35 x 45 cm, como se vê com referencias na estante de estudos dos estagiários, abaixo ...




Quanto aos custos, uma plastificação A3 grossa custa R$ 7,50* na Copiar, de Belo Horizonte, e as molduras R$ 35,00 cada. Com um preço 'de custo' mínimo em R$ 42,50, e supondo que as licenças de comercialização de material biológico nos sejam de fato expedidas, peço aos amigos do blog que nos deem algum retorno com sugestões de preço final para a comercialização do produto, mais uma tentativa de dar sequencia aos trabalhos pelas últimas surucucus da Mata Atlântica.

*observe que nas amostras 'didáticas' há plastificação sobre plastificação (R$ 15,00)



lachesisBrasil











domingo, 17 de maio de 2015

Abade, João e o Brinco




Um amigo - que tem um pé no sul da Bahia e conhece nosso trabalho - escreveu ontem de terra estrangeira, surpreso com um texto sobre surucucus vindo de uma fonte de credibilidade máxima, o Smithsonian Institute:

' ... encontrei um manual de répteis e anfíbios publicado pela Smithsonian (“Snakes and other amphibians”, Smithsonian Nature Guides). Na página 112, lá está ela, a nossa Lachesis muta. O texto diz:

South American Bushmaster: [...] The snakes venom is not as strong as those of some other vipers, but it is delivered in large quantities, and people that are bitten have only a small chance of survival, even if treated. For this reason, it is usually killed on sight.” (grifo do amigo) ... '

Chris Mattison. Publicado nos EUA pela editora Dorling Kindersley (DK), 2014.


Comento:

Quando o Dr. João Luis Cardoso me pediu para escrever o capítulo 'Acidente laquético' em seu livro, 'Animais peçonhentos no Brasil', cobrou que eu não fizesse 'revisão de revisão', que é quando um autor escreve sobre o texto de outro autor, ignorando experiencia pessoal. Dessa prática cristalizam-se conceitos questionáveis e mitos, que terminam por tornar-se verdades absolutas. Dr. João Luis queria o novo e se arriscou comigo, um outsider da academia. Certo ou errado, não neguei fogo.

Começo por mitos do texto acima, do renomado Smithsonian:

1) 'The snakes venom is not as strong as those of some other vipers, but it is delivered in large quantities' ... temos aqui a clássica afirmação de que 'o veneno é fraco, mas como a inoculação é grande, o envenenamento é grave', exemplo típico de 'revisão em cima de revisão' que se cristalizou em verdade.

Duplamente errado, na quantidade e potencia do veneno:

Sobre a quantidade: independentemente do que se fala aqui e ali na literatura especializada, muitíssimo raramente uma grande surucucu liberará volume superior à 2,0 ml (dois ml) de veneno numa extração ou inoculação. Uma grande Bothrops jararacussu pode liberar 6,7 ml. Alguém pensou: o bicho é grande e logo injeta muito, mas não passou anos e anos entre surucucus de todos os portes, arriscando-se em extrações para validar a afirmação.

Sobre potencia: já foi dito aqui no blog que uma coisa é teste em rato, as DL 50, outra coisa é o envenenamento em humanos, onde uma CASCATA DE EVENTOS FARMACOLÓGICOS produzirá um quadro clinico gravíssimo, já aos primeiros minutos da inoculação. Por 'cascata' quero dizer eventos em série, como aqueles dominós alinhados que não param de derrubar uns aos outros.

Valendo-me da habilidade um profissional da palavra, e sua incrível capacidade de transformar matéria complexa em algo palatável, transcrevo Bernardo Esteves, em sua matéria 'Cobra criada' para a revista Piaui, sobre o nosso trabalho em Serra Grande:

"A toxicidade do veneno de uma serpente é convencionalmente medida por uma unidade que os especialistas chamam de DL 50, que corresponde à dose letal suficiente para matar 50% dos camundongos injetados com a substancia. Mensurada por este método, a peçonha da surucucu não impressiona. Tome-se o exemplo da cascavel, uma das serpentes mais letais para cobaias. 'São necessários 1,5 ou 2 microgramas desse veneno para matar um camundongo' afirmou Aníbal Melgarejo. 'Já com a surucucu, você precisa de uma quantidade 150 a 300 vezes maior'

A baixa letalidade do veneno de Lachesis em cobaias não reflete os efeitos devastadores descritos nos poucos relatos de picadas em humanos descritos na literatura. O americano David Hardy e o colombiano Juan José da Silva Haad discutiram essa discrepância num artigo de 1998. Concluíram que extrapolar os dados de DL 50 de uma espécie para outra era uma futilidade.'A lição que fica é que camundongos não são seres humanos', escreveram. 'As dez cobras mais venenosas do mundo não são necessariamente as listadas nos documentários de TV a cabo - a menos que você seja um rato ou porquinho-da-índia'

O herpetólogo americano Dean Ripa mantém em Wilmington, a cidade onde nasceu, na Carolina do Norte, um serpentário aberto ao publico que abriga mais de quarenta espécies venenosas de cobras, trazidas por ele de vários cantos do globo. Sua coleção inclui as serpentes mais temidas do mundo, como a naja-real, a mamba-negra, e a víbora-do-gabão. Ripa tem um fascínio especial pelas Lachesis, sobre as quais escreveu um elogiado livro de referencia. Em seu site, ele diz ter sido mordido catorze vezes por cobras venenosas, das quais sete por Lachesis. Quando lhe pedi que comparasse o envenenamento por surucucus e outras espécies, recebi dele o seguinte relato por email:

Entrei em colapso físico em quatro minutos após ter o veneno inoculado numa ocasião, em sete minutos em outra, e em vinte e cinco na terceira. a mordida é muito diferente da de outros viperídeos  por provocar incapacitação e morte de forma muito, muito rápida  Por outro lado a destruição de tecido é comparativamente baixa, se você sobreviver (se tiver soro antiofídico) . Das outras sete mordidas de viperídeos que levei, a surucucu foi de longe a que apresentou o pior quadro sistêmico, mas causou o menor estrago local"

Em 2007 publiquei na Chicago Herpetological Society, o primeiro caso de acidente laquético com evolução minuto a minuto e não tenho duvidas: é picada que pode matar adulto saudável em menos de uma hora. O veneno de cobra mais potente que se conhece - excluindo-se aqui algumas especies aquáticas - é o da Taipan do interior australiano (existe a Taipan costeira), ou Oxyuranus microlepidotus. Mata pouco em função da perfeição do sistema médico e de resgates australiano. O sujeito fica bem mal em seis horas, morre entre oito e 24 horas depois da inoculação. Picadas de coral verdadeira no Brasil também podem matar nesse intervalo de tempo, ou menos.

confira: http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/a-mais.html

Sobre a relação quantidade de veneno x gravidade do quadro, a um só tempo: no trabalho 'O enigma da margem norte do Rio Amazonas', em 2006, lançamos o conceito de 'dose mínima ativadora'. Chegamos a esse conceito observando que acidentes com baixa inoculação - como aqueles com uma única presa, ou acidentes com filhotes, ou mesmo arranhões - também produziam grave sintomatologia clinica. Ao contrario de acidente botrópico, onde o tamanho do animal determina a gravidade do quadro (bicho maior, maior inoculação, maior gravidade do acidente), a gravidade do acidente laquético não seria dose-dependente. Uma dose minima inoculada - a dose minima ativadora - desencadearia a cascata farmacológica geradora de sinais e sintomas clássicos.

Sobre sintomas clássicos: o titulo do trabalho 'O enigma da margem norte do Rio Amazonas' é uma mistura de espanto com ironia em relação à série de Buhrnheim e Souza, de Manaus. Ali são apresentados 10 casos atendidos no Instituto de Medicina Tropical, de 1986 a 1996. Com todo o respeito que tenho por Paulo e Alcidéia, o trabalho é uma revisão de prontuários, e por varias razões não expressa a realidade pratica observada por outros autores. 'O enigma' seria então o porque do acidente laquético ser tão diferente ao norte (Manaus) do Rio Amazonas, quando comparado àqueles do Mato Grosso e costa leste brasileira.

Pessoalmente, fecho com Jorge (1997) e vou além:

“A review of reports of 20 cases of bites in humans reliably attributed to this snake [Lachesis] in Costa Rica, French Guyana, Brazil, Colombia and Venezuela confirms a syndrome of nausea, vomiting, abdominal colic, diarrhea, sweating, hypotension, bradycardia and shock, possibly auto-pharmacological or autonomic in origin, not seen in victims of other American crotaline snakes.”

("Uma revisão confiável de acidentes laquéticos na Costa Rica, French Guiana, Brazil, Colombia e Venezuela confirma a sindrome da nausea, vomitos, cólica abdominal, diarreia, sudorese, hipotensão, bradicardia e choque, possivelmente de natureza auto-farmacológica ou autônoma, não observável em acidentes com outros crotalídeos americanos")

Na série de Buhrnheim teve paciente que 'recusou tratamento e internação', outro 'chegou ao hospital cinco dias após o acidente', e somente um único apresentou a síndrome supra citada: dor abdominal, cólica, vômitos, diarreia, sudorese, hipotensão, bradicardia e choque.

Na costa leste brasileira, havendo inoculação, em cerca de 10 a 15 minutos o adulto saudável estará entrando em colapso cardiovascular, com hipotensão severa, bradicardia (frequências cardíacas menores que 60 batimentos por minuto), choque cardiogênico (perda da consciência, por baixa irrigação sanguínea cerebral), e eventualmente parada cardíaca já na primeira hora de evolução se não detidos minimamente estes sinais e sintomas. Digo 'havendo inoculação' pois segundo Warrell, e com este não discuto, 50% das picadas são 'dry bites', sem inoculação efetiva. Para o acidente laquético a regra é simples: se há dor local, houve inoculação. Ninguém 'caminha dias até o hospital', ou 'recusa tratamento', se acometido por acidente laquético verdadeiro. Importante também lembrar Dr. Paulo Bernarde aqui: o nome 'surucucu' é frequentemente usado na região norte para designar Bothrops atrox, e não o gênero Lachesis. 

Meu 'além' na trilha pavimentada por Miguel Tanus Jorge: não cabe mais colocar neurotoxicidade no acidente laquético entre aspas, ou camuflada na expressão 'sintomatologia vagomimética'. Na costa leste brasileira acidentes produzem paralisia da musculatura responsável pela deglutição, como se a inervação responsável pelo estímulo, o nervo Vago, estivesse sob bloqueio. Além dessa paralisia, ocorrem alterações sensoriais variáveis, que vão desde a cegueira, à surdez.

confira: http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/05/neurotoxicidade-em-lachesis.html

Para escutar vitimas do acidente laquético em pessoa comentando a experiencia, além de 'causos curtos e medonhos', confira, aumentando o som:









Atenção especial à este último relato, a partir de 1:35 min. o acidente de Abade por ele mesmo, e registre-se: acidente em que uma unica presa inoculou, e pouquíssimo, mas com impossibilidade TOTAL de deglutição e dispneia franca, em menos de 20 minutos de evolução. Mais sobre Abade: http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2010/12/os-essenciais-2-jose-abade-da-ceplac.html


Sobre a experiência pratica com o acidente laquético, como um auxilio aos socorristas, médicos e leigos, confira:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/05/acidente-laquetico-na-pratica.html

Sobre os primeiros socorros não só ao acidente laquético, mas também à todos os acidentes com os principais animais peçonhentos, venenosos e urticantes brasileiros, confira:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/primeiros-socorros-aos-acidentados-por.html


Retomo o texto de Chris Mattison que abre esta postagem, concluindo:

2) Sobre letalidade de mais de 80% nos acidentes laquéticos, mesmo com tratamento ... é leitura que dá um frio no cangote, não sendo contudo novidade. Essa casuística se baseia em uma série de quatro casos com três mortes, um clássico de Roger Bolanos, autor de credibilidade máxima, como Otero e Gutiérrez. É trabalho essencial e que disponibilizamos aqui:

http://www.ots.ac.cr/rbt/attachments/volumes/vol30-1/06-Bolanos-Mordedura.pdf


Numa primeira análise vemos que o tratamento foi feito em tempo hábil, e com soroterapia 'adequada'. Pessoalmente sou mais agressivo: não quero saber se o acidente é classificado como leve, moderado ou grave. Se está doendo no local, começo com 12 ampolas EV de soro, e sigo tateando até as 20 ampolas de acordo com a resposta sistêmica ao tratamento: melhorou a hipotensão ? o Tempo de Coagulação dá sinais de melhora ? há sinais de hemorragia digestiva ? E dessa forma estamos longe da casuística de Bolanos, que ainda me parece misteriosa.

Lembro-me de uma série de acidentes botrópicos que chegaram à maior emergência de Minas Gerais a alguns anos. Os casos eram tão devastadores - 'carne derretendo' - que foi formado um grupo de estudos para avaliar se não estaria ocorrendo na região dos acidentes, Guanhães, um veneno novo. O soro havia sido aplicado, mas nada impedia a progressão da necrose, e as amputações. Conclusão do grupo de estudos: 'falha na rede fria'. Má conservação do soro, em temperaturas muito superiores aos 9°C ideais, com perda do poder de neutralização. Seria este o caso na série de Bolanos ?

Sem soroterapia adequada, tardia ou insuficiente, o acidente laquético é um calvário. A memória ancestral das vitimas e seus familiares, nas extensões amazônicas em especial, gerou o misto de respeito e repulsa que incide sobre este vivente, que ilustro abaixo num curto parágrafo de Campbell e Lammar, baseado num relato de Werner Herzog, que teve membro de sua equipe de filmagem picado no pé por uma surucucu, na Amazônia Peruana  ...





Para quem tem dificuldade em entender o inglês, o nativo foi picado 'duas vezes', 'pela mais perigosa de todas as cobras' ... O sujeito era um lenhador, operava uma motosserra. Desligou a maquina, colocou-a no chão, pensou 'por 5 segundos', religou a maquina e amputou o próprio pé, a seco.

Pelo acima exposto, no final do ano passado demos um basta à letargia oficial e arriscando tudo, sem 'autorizações oficiais', doamos à Fundação Ezequiel Dias de Belo Horizonte, MG, o veneno necessário para que a produção de soro para atender ao acidente laquético não fosse interrompida no Brasil, confira essa ação:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/12/sos-sabl-funed.html


Escrevendo agora e encerrando bateu saudade, de Abade que me ensinou tudo o que sei, e de João, que achou bonito o brinco que ele mesmo me deu.




         http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2015/01/abade-estava-la.html





Apêndice técnico:

Sobre a bioquímica profunda do veneno da surucucu da Mata Atlântica:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/08/veneno.html


Sobre a ação deste veneno em rins, cérebro e coração de acidentados:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/surucucu-e-os-rins.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/surucucu-e-o-cerebro.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/09/surucucu-e-coracao.html


Sobre o potencial biomédico desse veneno, são inúmeras frentes de trabalho, mas escolho uma bem especial: componentes do veneno detiveram a formação de vasos sanguíneos que alimentam alguns tumores sólidos, impedindo sua disseminação (metástases):

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/07/os-canceres-e-surucucu.html


Sobre o Núcleo Serra Grande de Reprodução em Cativeiro de Lachesis muta rhombeata:

http://www.lachesisbrasil.com.br/downloads_nsg_en.html

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2013/02/seja-bem-vindo.html