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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Capela da Onça



Caro amigo, no anexo imagem leve para abrir rápido, dessa pequena interferência que fiz no caminho do Conceição no dia 11/09; voltei ao local 2 meses depois e tudo estava intacto; esta pedra tem volume equivalente ao de dois escritórios como esse seu no Caraça (8 metros de altura na 'cumeeira', por uns 10-12 de extensão, por uns 5-6 de largura) e em sua base há uma concavidade aconchegante de 3 x 2 metros,  repleta de pelos e ossos, o que, em função da proximidade da área onde coletei aquelas carcaças de anta, me faz crer tratar-se de abrigo da onça parda, com aproximação a ser evitada; é isso, desculpe-me, foi irresistível.

Abraço,

Rodrigo






Em tempo: fiz a cruz em aço oco e não tive preguiça em sua fixação, cravejei espelhos para repercutir por alguns segundos os primeiros sinais de sol no Canjerana a cada manhã, santa missa não verbal dos bichos do Campo de Fora.




Estranha compulsão para um endemoniado como eu, autor de algo que certamente colocaria Gabriele Amorth em meu encalço:

Para quem não conhece, Padre Gabriele pode ser considerado 'O último Exorcista' do Vaticano, literalmente. Interessei-me por ele pela possibilidade de ler alguém de credibilidade falando de sua experiencia prática com O MAU, e não O MAL. Mas me decepcionei. Achei o texto primário. Fosse eu o demônio a ser expulso à primeira evocação DA VIRGEM Maria eu retrucaria: "mas você pretende me enfrentar com um erro de tradução ?" 

Atolado de trabalho para concluir, especificamente resposta à notificação do Inema no processo de licenciamento ambiental do NSG, refugiei-me num Caraça vazio neste ultimo final de semana, e depois de décadas assisti a uma missa, recebi o corpo e o sangue de Cristo e disse Amém, e aquilo não me feriu a língua com ferro em brasa e nem caí ao solo em espasmos e caretas e linguajares estranhos.

Recebi a comunhão do amigo, com o qual horas antes falava de Clarisse Lispector, de Adélia Prado, de certa forma tradutoras dessa realidade rude que é o dia a dia e da atenção concentrada que a vida nos exige, se o desejo é realmente ver além da crosta de todas coisas e ser assim capaz de enxergar em tudo o tal amor, 'essa palavra de luxo'.










quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

COLISEU MODERNO



Está morrendo gente em todo o país. Mas o Estado continua omisso, ou em sua politica arrecadatória e policialesca, inviabilizando o Brasil não-banana, aquele da iniciativa individual, e que dá certo contra TODAS as probabilidades.

Para a produção de 12.000 ampolas de soro, o Instituto Vital Brazil nos pede apoio sob forma de doação de 3,5 gramas de veneno seco de surucucu.






Não há soro nem em Ilhéus e nem em Itabuna, e nem em lugar algum que eu possa afirmar. O que tínhamos no NSG estava vencido há 05 anos.

Ao contrário do que reza a lenda, Lachesis não produz grandes quantidades de veneno. Extrações nos maiores animais muito raramente atingirão 0,3 gramas de veneno seco.

Ou seja, para chegar perto da demanda do IVB tentaremos 40 extrações, nas surucucus mais saudáveis do planeta Terra, sem anestesiá-las ou brutalizá-las, para que continuem sendo as surucucus mais saudáveis do planeta Terra.

Pelo acima exposto - falta soro - é procedimento que não permite erro. Uma única desatenção e serei eu a próxima vista do Estado-banana, calmo, desconectado da realidade. Abaixo o COLISEU MODERNO, a área de manejo do NSG.






























O agravante maior é que esse enredo é antigo, salvamos a produção da FUNED e vidas em 2014, e ainda assim o descaso continua:

http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2014/12/sos-sabl-funed.html

Como não há Coliseu sem platéia, convido os amigos a presenciar o evento, até mesmo para equilibrar aqueles polegares para baixo da sentença de morte que o ESTADO já nos deu, em CATORZE anos de tramite pelo licenciamento do NSG.

Entenda melhor essa postagem:
https://www.facebook.com/RodrigoNSG/posts/1748047555517193




terça-feira, 15 de novembro de 2016

Richard Rasmussen em Serra Grande



Cavalo marinho, peixe boi, muriqui, animais ameaçados que despertam compaixão, Richard incluiu a surucucu em seu roteiro.








sábado, 22 de outubro de 2016

Contramão da extinção



Mata Atlântica 94% abatida, populações isoladas de Lachesis sobrevivendo em consanguinidade nas ilhas verdes, sem intercambio genético apropriado e em extinção técnica.





Pensando na trajetória do NSG e em tudo o que superamos nestes 15 anos de esforços, começo eu mesmo a crer no ditado sobre mineiros e brigas: 'um boi para não entrar, e uma boiada para não sair'.


https://www.youtube.com/watch?v=rz4b2n0ivHM

http://www.lachesisbrasil.com.br/downloads_nsg_en.html







segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O Legado




O animal em questão foi encaminhado ao NSG pela Policia Militar do Estado da Bahia, com fratura de ambos os arcos mandibulares. O encaminhamento foi autorizado pela chefia do Ibama de Ilhéus.






O ato cirúrgico no arco direito foi mais complexo porque a fratura não se encontrava alinhada, fragmentos ósseos foram removidos, formando-se uma solução de continuidade de cerca de 3 milímetros entre as porções proximal e distal do osso.

Ainda com relação ao arco mandibular direito, o acesso para alinhamento ósseo foi pela via inferior, evitando sangramento de mucosa.




A porção proximal recebeu fio de aço intra ósseo para alinhamento da fratura, enquanto outro fio, mais forte, foi afixado para transpor a área sem continuidade direta, unindo os dois fragmentos; três pontos em 'X', com nylon 2-0, estabilizaram a fixação destes fios de aço ...





Mais complexo que o manejo da fratura foi lidar com o 'estado de choque,' que acomete o gênero em contenções prolongadas, e que se mostra quase sempre fatal.

No pós operatório imediato houve parada respiratória e necessidade de entubação oro-traqueal.




O quadro foi revertido após 60 minutos de esforços bem ilustrados:





Concluindo, há 15 anos atrás seria impensável considerar-se uma postura destas por parte da elite da tropa da Policia Militar da Bahia, e por parte do cidadão que os acionou, pedindo apoio.

Participar dessa mudança de mentalidade tem sido nosso maior legado, pelas últimas surucucus da Mata Atlântica.










segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Pico Piçarrão (do Capivari)



O Pico do Capivarí, ou Piçarrão, é o 'oitavo pico', um bônus reservado àqueles que completaram os outros sete. A afirmação é do mais experiente guia de alta montanha no Caraça.

Não que o pico em si apresente dificuldades intransponíveis, mas quem não quiser muito aquele cume tende a ficar pelo caminho. Oficialmente são 40 km de marcha, ida e volta em terreno de acesso íngreme e acidentado, sem trilha aberta. Fora o trabalho vertical.




É um pico impressionante como todo o 'Campo de Fora', de onde ele brota, nivelando cumes com grandes celebridades do Santuário: na foto abaixo, feita do cume do Piçarrão, observa-se 'a caraça' (esquerda), o Pico do Sol (pontinho ao fundo), o Canjerana (em primeiro plano), e o Inficcionado, à direita.




Os abismos são muitos e tudo além da queda é também beleza. A leste a Mata do Capivari, a oeste a drenagem natural das águas campo abaixo, com mata ciliar em formação.






Andorinhões outros bichos e flores voltam ao Santuário em setembro. Seria bom ter ficado.


                      












http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/11/os-sete-picos-do-caraca.html




domingo, 19 de junho de 2016

Vale das Panelas



'Rezei por vocês a noite toda'

Foram as primeiras palavras de Padre Lauro, quando nos encontramos hoje pela manhã.

Reza forte. Deu certo.




A travessia do Vale das Panelas é considerada a mais difícil do Santuário do Caraça, e a preocupação do amigo procedia. Quando a noite caiu, e as temperaturas atingiram os 4° C nos picos, foram tentados diversos contatos por radio conosco, sem sucesso.

A lua ia alta atrás do Pico do Sol, quando finalmente atingimos sua base, no caminho de volta.




O trabalho em maquete do Padre Stanislão Adamczyk (1919-1995), cita e ilustra cada canto do Caraça, mas não menciona o Vale da Panelas. Mas essa travessia está lá. As curvas de nível da maquete são fiéis e dão a exata noção das dificuldades de acesso (e saída) daquele local.

Na imagem abaixo um detalhe da maquete - uma das jóias do Museu do Santuário - onde 'O Vale' fica bem nítido. Observe a linha verde nascendo da marcação '35' ou 'Pico do Sol', abaixo dela um curso de água azul entre escarpas íngremes. É lá.




Foram doze horas e meia de esforço físico e mental para concluir o trajeto exposto no vídeo abaixo, de poucos segundos.




No Vale pisamos território Pré-Cambriano - 3 bilhões e setecentos milhões de anos - e que um dia foi mar. Os estratos sedimentares estão todos lá, como testemunha. Na vigência de 'convulsões telúricas' afloram-se veios minerais na rocha. Os mais nobres e resistentes destes minerais - os diamantes - depositam-se no fundo do vale, e em movimentação continua nas corredeiras escavam a rocha, formando as 'Panelas'.

Abaixo e nessa ordem, visão dos estratos sedimentares, de um veio mineral aflorado, e 'panelas' típicas.







Uma das complicações da travessia do 'Vale da Panelas' é sua configuração labiríntica. Quem entra vê ao fundo a Serra da Piedade, quem sai, e fez a volta completa por trás do Pico do Sol, vê ao fundo o 'Cone do Picolé', de Catas Altas. Abaixo estas duas visões.





Não há uma trilha a seguir, essa é outra dificuldade adicional. Rompe-se mato no peito o tempo todo, e o leito do riacho, atingido com muita dificuldade (vide paredões), não é convidativo. Neneco ilustra a situação em dois tempos, abaixo.







'Nunca mais' foi o que pensei ao pisar o plano. Uma noite de sono depois já havia mudado de ideia. Tem algo ali muito maior do que eu.









http://lachesisbrasil.blogspot.com.br/2011/11/os-sete-picos-do-caraca.html

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Richard e a palavra, hoje




Estimado Rodrigo,

Tenho, através de meu trabalho nestes mesmos últimos 12 anos, conhecido projetos de conservação em todo planeta.

Fiquei muito impressionado com o que vimos e gravamos nas suas instalações, dignas de projetos internacionais que em outros países teriam inclusive apoio econômico dos governos e não imposição de dificuldades.

O que vemos aqui no Brasil são posicionamentos contrários à conservação.

Quem sabe ao levarmos as imagens deste novo programa, sobre projetos de conservação de espécies da Mata Atlântica brasileira da nova temporada América do Sul, a ser exibido inicialmente em todos os países da América Latina a partir de setembro, possamos envergonhar as burocracias ambientais de nosso País que atrasam iniciativas como essas enquanto adiantam as licenças para as mineradoras, portos e hidroelétricas que causam tantos desastres.

Espero pelo melhor por este fundamental projeto!

Richard Rasmussen
Protect our Wildlife









terça-feira, 12 de abril de 2016

Sobre a 'Estrada sem Alegria'




Primeiro registro em vídeo de um nascimento de Lachesis muta rhombeata, a surucucu da Mata Atlântica, cujos últimos exemplares encontram-se confinados em ilhas verdes dos 7% remanescentes do bioma, sem troca genética apropriada, o que em si significa extinção na natureza:




O título dessa postagem vem do grande José Hamilton Ribeiro. Essa estrada existe de fato, fisicamente, e foi nela que ele descobriu 'O gosto da guerra':

http://brasileiros.com.br/2008/06/muito-alem-do-vietna/






terça-feira, 1 de março de 2016

O Vale





Leitor do blog pergunta sobre as circunstancias do meu acidente de 20/01.

A resposta foi dada, mas enxergar a cena é a questão, e aí vai uma imagem que dá ideia de por onde eu caminhava, em diversos procedimentos, quando uma delas desferiu bote raro, com corpo totalmente alinhado.

Em circunstancias normais a lida nesse recinto se dá como retratado abaixo. Na janela externa um vistoriador do Ibama/DF, sendo observado por algumas Lachesis e fascinado por elas.




Nas circunstancias 'do Vale', uma outra historia ...




   'Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum ...' 


https://www.facebook.com/1535945860060698/videos/vb.1535945860060698/1564809957174288/?type=2&theater






terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

'Deus e Diabo na Terra do Sol'



Esse seria realmente o titulo mais apropriado para um relato sobre esses 15 dias de janeiro com meus filhos no NSG: houve do melhor e do pior no período em meio a estiagem prolongada e temperaturas atipicamente elevadas.

Vermifuguei todos os animais, esquema padrão de anos. Tive muitas mesas dessas de plastico jogadas longe pelas surucucus, é sempre bom trabalhar na que temos agora.






O procedimento foi padrão e sem intercorrências, e todos os animais receberam associações de febendazol e ivermectina para cães de até 10 kg. 1/4 de comprimido POSTADO atraumaticamente com pinça de Kosher 08 cm esôfago adentro após embebimento em clara de ovo, com a porção da cobra cervical retificada na imobilização.






Introduzir o comprimido não dura 60 segundos, mas o manejo nem sempre é só tranquilidade, como ilustrado nessa 'passada de guarda' da imagem abaixo, onde foi necessário apoio leve dos joelhos, e de toda a perna do joelho aos pés, limitando movimento do animal e protegendo-o.




Quanto à estrutura do NSG, conclui a área de apoio ao visitante e educação ambiental - imagens abaixo - e com a madeira nobre que encontrei no fundo de rios da região poderia construir outras três unidade destas.








Concluímos também o quarto com banheiro civilizado (privada, chuveiro quente) junto à 'barraginha', estrutura para proteger nossa nascente e acumular água de chuva, abaixo. Esse quarto servirá ao programa de visitas técnicas ao NSG ...







De melhor, acordei para minha parcela de culpa no 'ensimesmamento' que se observa entre crianças e celulares e afins. OFERECIDAS OPÇÕES outras que não 'a segurança' nossa do dia-a-dia e seu tédio inerente, vi meus filhos optarem por ser Martim-pescador, em vôos corajosos sobre rios profundos, sucedidos por corpos cansados no embalo da rede e do fogo de chão, em nada virtuais.







O chamado ESTADO DE CHOQUE é um dos mistérios da lida com Lachesis: após uma contenção prolongada em que NÃO HOUVE lesão anatômica, ou qualquer outra, a surucucu não se recupera. Permanece como que anestesiada, e morre. Como se abatida pelo stress. Necrópsia normal. Nada, nenhuma dica a não ser um opistótono eventual (fotos abaixo), como o que se observa nas meningites dos humanos.






O 'T' do Gabriel foi nossa resposta a essa intercorrencia, e nunca mais, mesmo nos procedimentos mais prolongados, tivemos morte por choque, confira:

http://www.lachesisbrasil.com.br/download/BulChicagoHerpSoc_Vol41Num10pp183-184%282006%29.pdf

No hall dos meus pesadelos na lida com Lachesis, as lesões cervicais, o estado de choque e agora, graças aos eventos deste janeiro, a intoxicação por ivermectina.




Boyer e auxiliares, pioneiros mundiais na reprodução em cativeiro de Lachesis tratava seus animais com 200 micro gramas de ivermectina por kg. Dois dias após a vermifugação descrita no inicio desta postagem, um auxiliar deu dose de porco grande para o plantel de surucucus, oferecendo a elas ratos injetados com 2,0 ml de Ivomec, cada. Algumas comeram 05 desses ratos. Em 17 de janeiro, após 15 anos de esforços no NSG encontrei todo o plantel em estado terminal em função de fogo amigo. Na falta de carvão ativado parti para a sondagem oro-gástrica e administração de óleo mineral (20 ml/dia) em todos os animais, na tentativa de provocar uma síndrome disabsortiva com diarreia. Todos  os animais foram colocados num recinto onde a temperatura podia ser baixada em dois graus em relação ao ambiente externo, lentificando o metabolismo (e absorção) como um todo. Paralelamente hidratava os animais com 20 a 40 ml de solução do tipo 'Pedialit 90', duas vezes ao dia. Isso de 17 a 31 de janeiro. E sozinho, quebrando todo o protocolo. É que não estava em condição emocional para trabalhar em proximidade ao causador do problema. O bom aqui foi testar-me novamente como 'nas antigas', quando NINGUÉM na região aceitava minhas propostas de emprego por medo das surucucus.

Imobilizações nesse período foram de todos os tipos, sempre retificando e protegendo a porção cervical ...






E a esperança veio na forma de diarreia induzida com expressão manual das fezes ...





Mesmo eliminado o conteúdo intestinal, a persistência da síndrome aparentemente neurológica indicava absorção maciça da ivermectina, e só me restava seguir hidratando, já que nenhum animal se movia ou era capaz de beber água sozinho. Para quem não sabe, durante a guarda dos ovos - 70 a 91 dias SEM COMER - algumas fêmeas só abandonam o posto para ingerir entre 100 e 200 ml de água numa só tomada.

Surucucu precisando e aceitando travesseiro, para evitar regurgitação e aspiração pulmonar do Pedialit, é uma coisa de cortar o coração ...




Somente dois animais desenvolveram sinais de acometimento pulmonar (boca aberta), por reação do tipo corpo estranho (pneumonite) à carcaças de pentastomídeos no parênquima do pulmão, ou por aspiração de Pedialit, quadros de remissão espontânea.





Não perdi animais, e quando deixei Serra Grande, em 31/01, as quatro surucucus que ainda permaneciam sob cuidados intensivos já bebiam água sozinhas. Seis seguiam em observação nas barracas da enfermaria, ainda sem 'a rodilha' perfeita, mas a caminho, enquanto o restante do plantel já havia voltado para os viveiros externos. Quem comeu menos ratos envenenados obviamente respondeu melhor e mais rapidamente ao tratamento.




O olho do dono não apenas engorda o porco. O olho do dono apaixonado é a própria vida do porco. Foi muito pior ver estas cobras morrendo do que me ver acidentado. Como Timothy Treadwell rezando por chuva para permitir a subida dos salmões para 'seus' ursos, eu - como ele um sujeito sem fé - me vi rezando pelas surucucus para 'Alá, Jesus, Buda e outras coisas flutuantes', como um naufrago enviando mensagens em garrafas, e fui atendido.




Não rezei por mim na minha hora mais critica, aqueles 5 minutos imediatamente posteriores à picada da surucucu, e estranhamente só pensava: 'que presentão vou dar à minha mãe' (cujo aniversário é em 20/01), 'eu num saco preto' ...





Atento, consegui não 'PERDER A COMPOSTURA', e descarregar nos filhos - o sagrado da minha vida - a enorme tensão daqueles dias. Creio que voltei melhor do Inferno, pronto para amparar as 12 novas crias que em breve virão: para toda maré baixa, uma alta.































Mais sobre esses ovos ... https://www.youtube.com/watch?v=rz4b2n0ivHM